Doenças Cerebrais
Nosso cérebro vive imerso em um líquido nutritivo chamado líquido cefalorraquidiano. Esse líquido é responsável por absorção de impactos, manutenção da hidratação do tecido nervoso, proteção do sistema de substâncias tóxicas, entre outras funções. Ele é constantemente produzido e reabsorvido pelo nosso corpo. Em algumas pessoas, esse equilíbrio de produção/reabsorção pode estar comprometido, seja por aumento de produção, diminuição de reabsorção, ou ainda obstrução da circulação desse líquido.
Com isso, há um acúmulo do líquido e, muitas vezes, aumento da pressão dentro do crânio, o que causa diversos sintomas neurológicos, como:
O tratamento geralmente é cirúrgico, podendo compreender desde a instalação de válvulas que desviam o fluxo do líquido até técnicas minimamente invasivas com utilização de endoscópio. Dessa forma, podemos reestabelecer o equilíbrio e aliviar os sintomas.
O aneurisma é uma falha na parede do vaso, gerando uma dilatação em um segmento de um vaso sanguíneo, que pode se romper se não tratado. Ao se romper, o sangue extravasa junto ao cérebro, gerando lesão neuronal, muitas vezes irreversíveis. Quando tratado de forma precoce, ou seja, antes do seu rompimento, a chance de sequelas e complicações é incomparavelmente inferior ao tratamento pós sangramento. O rompimento de um aneurisma é um evento de extrema gravidade e alta mortalidade.
Os tumores são caracterizados por um conjunto de células ou tecido anormal, que aparece e cresce dentro do crânio. Pode ser de natureza benigna ou maligna. Os benignos apresentam crescimento mais lento e os malignos são mais infiltrados e tem crescimento mais rápido.
O meningioma é um tumor benigno que começa na meninge, camada de tecido que envolve o cérebro e a medula espinhal.
Esse tipo de tumor corresponde a 30% de todos os tumores cerebrais. Acomete duas vezes mais mulheres do que homens e os riscos de desenvolvimento aumentam com a idade.
Geralmente não apresenta sintomas e o diagnóstico ocorre ao acaso. Porém, quando assume tamanhos maiores, pode acompanhar alguns sintomas, como:
O meningioma pode crescer lentamente e existir por anos sem ser detectado. Em muitos casos, pode ser tratado com cirurgia que, quando consegue a remoção total da lesão, é curativa.
O glioblastoma é um tumor primário do sistema nervoso central, ou seja, que se origina de células do próprio sistema nervoso. É classificado como maligno por ter uma taxa de crescimento alta. O tratamento é cirúrgico, seguido de radioterapia e quimioterapia.
A cefaleia é o nome dado a qualquer tipo de dor na cabeça. Pode ser causada pelos mais variados motivos, entre eles estão:
O traumatismo craniano (batida na cabeça) é um evento potencialmente grave.
Quando acompanhado de sintomas como perda de consciência, esquecimentos, náuseas ou vômitos, confusão mental, lesões arrocheadas atrás das orelhas e ao redor dos olhos, saída de líquido pela orelha ou nariz e cortes profundos, devem ser avaliados por especialistas.
Muitas vezes, o tratamento é conservador, porém, nos casos cirúrgicos, o tempo até o atendimento e conduta é crucial para minimizar as sequelas e assegurar a sobrevivência.
O AVC pode ser diferenciado entre isquêmico e hemorrágico. Ambos são de instalação rápida e configuram uma emergência médica. A gravidade do quadro se dá pela falta de fluxo sanguíneo no cérebro para levar o oxigênio e nutrientes aos neurônios. Seja pelo entupimento dos vasos (no caso do isquêmico) ou ruptura de um vaso no interior do cérebro (no caso do hemorrágico), os neurônios deixam de receber oxigênio e glicose, evoluindo com morte dessas células em alguns minutos.
Os principais fatores de risco são aumento crônico de colesterol, tabagismo, hipertensão arterial mal controlada, sedentarismo, obesidade, história familiar, entre outros.
O tratamento é, na maioria das vezes, clínico. Porém, em casos de sangramentos importantes e grandes isquemias, a abordagem cirúrgica pode ser necessária.
Os cistos do sistema nervoso central são formações com conteúdo líquido de formas muito bem delimitadas, podendo estar localizadas no compartimento intracraniano e na coluna vertebral. Possuem diversas etiologias, entre elas: congênitas, cistos aracnoideos, abscessos, inflamatórios, tumorais e outras.
Em alguns casos, eles podem ser assintomáticos, e as manifestações dependem de onde os cistos estão localizados, mas, em sua maioria, podem causar:
O tratamento depende de diversos fatores, como localização, etiologia, sintomas associados e possíveis complicações. Em alguns casos, pode ser necessário um procedimento cirúrgico para retirada dos cistos.
O Parkinson é uma doença que tem como principais sintomas a rigidez articular, tremores, dificuldade de andar e bradicinesia (movimentação lentificada). É causado por queda dos níveis de dopamina produzidos na substância negra.
Atualmente, não existe cura para o Parkinson, mas existem remédios que, se aliados a bons hábitos de vida, podem retardar o avanço da doença, dando melhores condições de vida ao paciente. Em casos selecionados, a cirurgia pode trazer benefícios, melhorando a qualidade de vida dos pacientes
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